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Caio Mioto e Marcelo Sanchez

Gestão de Estoque: como se organizar em tempos de crise

Atualizado: 28 de abr. de 2020


A pandemia do coronavírus está impactando todos os setores da nossa sociedade. Muitas empresas mudaram completamente o seu dia-a-dia e o seu planejamento para esses próximos meses, já que há alguns meses ninguém imaginava que estaríamos na situação que nos encontramos hoje. E como as empresas, indústrias e pequenos ou médios negócios que possuíam um certo estoque de mercadoria e matéria-prima podem lidar com essa situação?

A Gestão de Estoque é essencial para todos os estabelecimentos, e é um serviço indispensável quando é necessário evitar gastos. Existem diversas maneiras de se praticar uma gestão de estoque. A melhor maneira de gerenciar o estoque do seu negócio depende muito do tipo de serviço ou produto que a sua empresa fornece. Neste artigo, exploraremos um pouco mais sobre a análise “ABC” que consiste em observar separadamente as diversas atividades de uma empresa e classificá-las de acordo com o total de caixa que esta gera.

Ela se baseia no conhecido Princípio de Pareto: 80% do volume de negócios é gerado por apenas 20% dos produtos. Um erro que muitas empresas que possuem um portfólio variado cometem é investir muito tempo gerenciando estoques que tem pouco impacto, ao mesmo tempo que não priorizam produtos que tem maior influência no volume de negócios.

A análise ABC é um método de classificação de informações que busca identificar e separar os itens de maior importância ou impacto, dos quais são menos relevantes para o negócio. Os itens são classificados como (Carvalho, 2002, p. 227):

  • de Classe A: de maior importância, valor ou quantidade, correspondendo a 20% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 65% num dado período;

  • de Classe B: com importância, quantidade ou valor intermediário, correspondendo a 30% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 25% num dado período;

  • de Classe C: de menor importância, valor ou quantidade, correspondendo a 50% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 10% num dado período.

Vale ressaltar que os itens citados acima podem variar de acordo com o negócio, não é uma regra fixa, e sim um norte a ser tomado para seu trabalho.

Os critérios de classificação dos produtos são muitos: demanda, margem de lucro, giro do produto, proporção sobre o faturamento, custo do estoque, ou outro parâmetro escolhido.

A prioridade dos analistas deve ser otimizar a cadeia de suprimentos dos produtos mais importantes. Os produtos de classe A não podem acabar, pois são em geral, chamarizes do negócio. A se tratar dos fornecedores desses produtos, precisa-se calcular o risco de ficar sem estoque, e se for necessário, fornecedores alternativos podem ser procurados.

Porém o quê fazer com os produtos da classe B e C? Se são menos importantes, posso deixá-los fora de meu portfólio? Não necessariamente. Esses produtos são importantes para estabilidade do negócio, aumentando o ticket médio do cliente.

Exemplificando, imagine-se dono de uma Farmácia e que um dos seus produtos seja fraldas. Para aproveitar melhor os clientes que entram em sua loja com a intenção de comprar fraldas, você pode oferecer itens com menos saída (B e C) como chupetas ou mamadeiras. São itens que compartilham uma mesma categoria, portanto sempre há um complemento a ser explorado

.

Dessa forma vemos que com a análise ABC, fica muito mais fácil identificar os itens de maior importância em sua empresa, evitar que você fique com faltas desses produtos. Também permite que você evite armazenar uma grande quantidade de produtos que não possuem uma grande demanda, que implicaria em custos desnecessários.

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Referências

CARVALHO, José Mexia Crespo de - Logística. 3ª ed. Lisboa: Edições Silabo, 2002

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